A análise indica que o Congresso não sofre responsabilização, independentemente das circunstâncias

A cientista política e professora da FGV-EESP, Lara Mesquita, apresentou uma análise enfática sobre a conjuntura atual entre o governo e o <a href="https://cliquefatos.com.br/lula-participara-da-sessao-do-congresso-do-psb-que-nomeara-joao-campos/”>Congresso Nacional. Ela afirmou que o Legislativo “emparedou” o Executivo ao rejeitar o aumento do IOF, evidenciando uma transformação relevante na relação entre os poderes.

A especialista ressaltou que, sob o sistema presidencialista, a responsabilidade pelas consequências das decisões sempre recai sobre o presidente.

Divisão nos partidos de centro

A especialista destacou uma mudança significativa no cenário político contemporâneo: a fragmentação interna dos partidos de centro, historicamente denominados “adesistas”. Conforme Mesquita, esses partidos exibem atualmente uma vertente ideológica que se opõe ao governo e outra que almeja vantagens ao se alinhar com o poder.

Apesar da atribuição de ministérios para o PSD e para os Republicanos, esses partidos ainda se mostram divididos, apontou a cientista política. Essa fragmentação dificulta a construção de uma base sólida para o governo, sobretudo em temas sensíveis e com grande repercussão pública.

Leia também:

Erika Hilton e Fernando Haddad debatem ajustes em projeto de lei sobre jornada de trabalho

Câmara dos Deputados aprova projeto sobre bens e imóveis com medidas fiscais do governo

Renan Filho anuncia mudanças na emissão da CNH e elimina obrigatoriedade das autoescolas em 2025

Mesquita também comentou sobre as expectativas em relação ao ajuste fiscal proposto pelo governo. Ela mencionou que certos analistas políticos apontam uma perspectiva positiva, sugerindo que o cenário econômico pode não ser tão negativo quanto inicialmente previsto.

A cientista política alertou que esse cenário positivo pode acender um “sinal amarelo, se não um sinal vermelho” para a oposição. “O governo Lula não pode chegar em 26 numa situação tão positiva quando a direita ainda está muito desorganizada”, ponderou Mesquita, sugerindo que isso pode influenciar as estratégias políticas e eleitorais dos grupos de oposição.

A análise de Lara Mesquita ilumina os obstáculos enfrentados pelo governo na formação de uma base de apoio consistente no Congresso e na execução de sua agenda política e econômica. A complexa dinâmica entre os poderes e a divisão dos partidos de centro persistem, influenciando o cenário político brasileiro com consequências relevantes para a governabilidade e o futuro do país.

Fonte por: CNN Brasil