O ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, comentou, durante sua participação no programa WW, a possibilidade de o Brasil recorrer à entidade contra as tarifas impostas pelo governo americano. Segundo Azevedo, o impacto prático dessa ação seria muito limitado, tendo um efeito mais simbólico do que efetivo.
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Azevêdo explicou que, apesar do litígio na OMC ter pouca eficácia prática no momento, a organização ainda pode ser utilizada como um espaço para o Brasil apresentar sua posição e criticar as medidas comerciais adotadas pelos Estados Unidos.
Opções diplomáticas e econômicas
Azevêdo propôs que, além de buscar a OMC, o Brasil explorasse outras opções para enfrentar a situação. Ele destacou a relevância do setor privado, estimulando o diálogo entre as empresas brasileiras e seus pares nos Estados Unidos.
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O setor privado deve dialogar com seus pares nos Estados Unidos. Há muitas empresas americanas que sofrerão prejuízos caso uma tarifa seja implementada, afirmou Azevêdo, ressaltando o impacto negativo para diversos setores importantes.
O ex-diretor da OMC também propôs a criação de mecanismos de consulta entre Brasil e Estados Unidos em áreas como alta tecnologia e mídias sociais. Ele afirmou que isso poderia auxiliar a “salvar as aparências” e proporcionar um espaço para diálogo e resolução de problemas entre os dois países.
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Contexto político e econômico
A análise sobre o acordo da OMC se dá em um período de tensão nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. As tarifas aplicadas pelo governo americano têm causado preocupações no setor produtivo brasileiro e suscitado dúvidas sobre as estratégias diplomáticas e econômicas a serem utilizadas pelo país.
Azevêdo destacou a relevância de “pensar fora da caixa” para encontrar soluções que reduzam o impacto das medidas americanas e assegurem os interesses comerciais do Brasil. A busca por alternativas diplomáticas e econômicas se mostra fundamental diante dos desafios apresentados pelo cenário internacional contemporâneo.
Fonte por: CNN Brasil