A AMD alcançou uma receita de US$ 7,68 bilhões, um recorde, apesar de um prejuízo de estoque de US$ 800 milhões

A empresa projeta uma receita expressiva no segundo semestre, com expectativa de alcançar um novo recorde no próximo trimestre.

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(Imagem de reprodução da internet).

A AMD divulgou na terça-feira os resultados financeiros do segundo trimestre do ano fiscal de 2025. A empresa obteve uma receita de US$ 7,685 bilhões (R$ 42,23 bilhões). É o maior valor trimestral em sua história.

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O desempenho da empresa foi impulsionado pelo crescimento expressivo das vendas de unidades de processamento central (CPUs) para clientes e pelas vendas robustas de seus processadores para data centers.

Além disso, houve compensação do impacto de 800 milhões de dólares (R$ 4.396,32 bilhões) decorrente das restrições à exportação da GPU Instinct MI308 para a China.

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Apesar da forte competição com a NVIDIA no mercado de GPUs, a empresa obteve um desempenho robusto, mesmo com a diminuição da fatia de mercado no segmento gamer.

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Resultados gerais

A receita de US$ 7,685 bilhões representa um aumento de 32% em relação ao ano anterior e de 3% na comparação trimestral. O lucro líquido da empresa foi de US$ 872 milhões (R$ 4,791 bilhões). Isso representa um aumento de 229% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 23% na comparação sequencial.

Em decorrência da receita líquida de US$ 800 milhões (R$ 4.396,32 bilhões), a margem bruta da AMD diminuiu para 40%, em comparação com 49% no ano anterior e 50% no trimestre anterior.

Graças à Dra. Lisa Su, presidente e CEO da AMD, os resultados são impulsionados pela expansão dos aceleradores AMD Instinct série MI350. Contribuíram também os contínuos ganhos de participação nos processadores EPYC e Ryzen.

Notamos uma forte demanda em nosso portfólio de produtos de computação e IA, e estamos bem colocados para alcançar um crescimento expressivo no segundo semestre.

Divisão Jogos e Clientes

Em 2025, a divisão de Clientes e Jogos da AMD registrou uma receita de US$ 3,621 bilhões (R$ 19,90 bilhões), um recorde. Esse resultado representou um aumento de 69% em comparação com o ano anterior e impulsionou o crescimento da empresa.

O segmento Cliente obteve receita de US$ 2,5 bilhões (R$ 13,74 bilhões) devido à alta procura pelos processadores Ryzen mais recentes da AMD, utilizando a microarquitetura Zen 5, e a diversificação do portfólio de produtos.

O setor de Jogos registrou um crescimento de 73% na receita em relação ao mesmo período de 2024, alcançando US$ 1,12 bilhão (R$ 6,15 bilhões).

O desempenho foi impulsionado por um aumento nas vendas de SoCs personalizados para videogames, além da alta procura por GPUs Radeon RX série 9000 para jogadores e aplicações de inteligência artificial.

A combinação de elementos como uma oferta diversificada de produtos de CPU, maior procura por placas de vídeo e o aumento da demanda por processadores de console resultou no crescimento anual da receita operacional da divisão. O aumento foi de 362% em comparação com o ano anterior, atingindo US$ 767 milhões (R$ 4,214 bilhões).

Também indica uma recuperação da empresa em relação à rival NVIDIA. E aponta que a estratégia de preços agressivos pode ter surtido efeito, além de ser um reflexo da qualidade da série RX 9000.

Demais segmentos

A divisão de Data Center da AMD obteve receita de US$ 3,24 bilhões (R$ 17,81), indicando um crescimento de 14% em comparação com o ano anterior, mesmo com desafios consideráveis.

O aumento foi notavelmente impulsionado pela alta procura por processadores AMD EPYC, conforme a AMD expandiu sua presença nos mercados de nuvem e empresarial.

Contudo, a divisão sofreu um impacto significativo de US$ 800 milhões (R$ 4.396,32 bilhões) em estoque e encargos decorrentes das restrições de exportação dos EUA para o acelerador de IA Instinct MI308.

A perda operacional foi de US$ 155 milhões (R$ 851,79 milhões), em comparação com a receita de US$ 743 milhões (R$ 4.083,08) do ano anterior. Destarte, sem considerar as despesas, o negócio teria permanecido rentável.

A divisão Embedded da AMD obteve receita de US$ 824 milhões (R$ 4,528 bilhões), uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Contudo, o resultado permaneceu estável em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em resumo, os 4% correspondem a uma variação dentro da margem de estabilidade.

Às acionistas, a AMD atribuiu o declínio do segmento de demanda mista entre os mercados finais, a fragilidade macroeconômica e a variabilidade nos padrões de pedidos dos clientes.

A receita operacional do segmento Embedded foi de US$ 275 milhões (R$ 1,511 bilhões), representando uma redução de 20% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa diminuição não se deve a uma variação estável.

Perspectiva favorável.

A AMD projeta uma receita de cerca de US$ 8,7 bilhões (R$ 47,81 bilhões) e US$ 300 milhões (R$ 1,648 bilhões) para o terceiro trimestre, indicando um crescimento anual de aproximadamente 28% e um crescimento sequencial de 13% no período médio.

A AMD também deverá significar mais um trimestre recorde. Afinal, no primeiro trimestre, a empresa já obteve um resultado financeiro recorde.

A AMD prevê um crescimento significativo na procura pelos seus aceleradores de IA, com a série Instinct MI350 a aumentar no terceiro trimestre, juntamente com os processadores de servidor EPYC e produtos para clientes, devido ao início do ano letivo e à preparação de stock para a época natalina.

A empresa, neste momento, descarta qualquer receita esperada com a venda de GPUs Instinct MI308 para a China. Isso porque os pedidos de licenças de exportação ainda estão sendo avaliados pelo governo dos EUA.

O terceiro trimestre costuma ser positivo para a divisão de jogos da AMD, devido ao aumento das compras de SoCs pelas fabricantes de consoles Microsoft e Sony. A AMD prevê uma receita estável neste período.

AMD.

A AMD AM6 poderá ser lançada em 2028, apresentando 2.100 pinos e compatibilidade com coolers AM5.

Fonte por: Adrenaline

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.

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