A Alemanha considera o relatório sobre genocídio em Gaza como “muito preocupante”

O chanceler do país também condenou a nova operação terrestre na Cidade de Gaza, classificando-a como uma “abordagem equivocada”.

16/09/2025 9:18

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A Alemanha considera o relatório sobre genocídio em Gaza como “muito preocupante”
(Imagem de reprodução da internet).

A Alemanha declarou nesta terça-feira (16) que o relatório da Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre Israel é “extremamente preocupante”, adentrando ainda que o avanço das forças terrestres israelenses na Cidade de Gaza foi “uma abordagem equivocada”.

Os incidentes descritos no relatório são de grande preocupação. Em conflitos armados, todas as partes estão vinculadas ao direito internacional humanitário, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, a repórteres em Berlim.

A análise do painel da ONU chegou à conclusão de que Israel cometeu genocídio em Gaza e que representantes israelenses de alto nível, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, promoveram tais ações – alegações que Israel classificou como ofensivas.

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A investigação, divulgada na mesma data em que Israel iniciou a operação terrestre em Gaza, apresenta exemplos da magnitude dos assassinatos, do bloqueio de ajuda humanitária, do deslocamento forçado e da destruição de uma clínica de fertilidade, corroborando sua constatação de genocídio, em consonância com a avaliação de acadêmicos e grupos de direitos humanos.

Compreenda o conflito em Gaza.

Em 7 de outubro de 2023, iniciou-se a guerra na Faixa de Gaza, em decorrência de um ataque terrorista perpetrado pelo Hamas contra Israel.

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Mil e duzentos indivíduos pertencentes a um grupo extremista palestino foram mortos, além de 251 sequestradores terem sido detidos naquele dia.

As forças israelenses iniciaram uma vasta operação com ataques aéreos e terrestres buscando resgatar sequestradores e neutralizar a liderança do Hamas.

Os confrontos causaram a destruição do território palestino e o deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, correspondendo a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, conforme dados da UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados Palestinos).

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 62 mil palestinos morreram desde o início do conflito. O ministério, liderado pelo Hamas, não faz distinção entre civis e combatentes na contagem, mas relata que mais de 50% dos falecidos são mulheres e crianças. Israel alega que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo extremista.

Alguns dos reféns foram resgatados por intermédio de dois acordos de pausa no fogo, e uma parcela foi recuperada através das operações militares.

Estimativas indicam que aproximadamente 50 reféns ainda se encontram em Gaza, com cerca de 20 deles sobreviventes.

Com a guerra em curso, a crise humanitária se intensifica diariamente no território palestino. A ONU relata que mais de mil indivíduos perderam a vida ao tentar obter alimentos, desde maio, data em que Israel alterou o sistema de distribuição de ajuda na Faixa de Gaza.

Diariamente, relatos de mortes por desnutrição são recebidos devido à ausência de ajuda na Faixa de Gaza.

Israel declara que o conflito poderá cessar quando o Hamas se submeter, enquanto o grupo extremista exige avanços nas condições em Gaza para que o diálogo volte a ocorrer.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.