A Al Jazeera: Cada jornalista em Gaza está produzindo sua própria notícia de falecimento
Salah Negm, diretor de jornalismo do veículo, declarou à CNN que Israel busca “erradicar quaisquer testemunhas diretas” do conflito.
O diretor de jornalismo da Al Jazeera English, Salah Negm, declarou que o ataque israelense que ceifou a vida de diversos jornalistas da emissora se assemelha a “matar o mensageiro e tentar eliminar qualquer testemunha ocular de atrocidades e genocídio”.
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O ataque israelense em Gaza, na noite de domingo (10), resultou na morte de sete indivíduos, entre os quais pelo menos quatro jornalistas da Al Jazeera.
Eles estavam trabalhando há dois anos em condições extremamente difíceis, arriscando suas vidas com um único objetivo: mostrar ao mundo a verdade sobre o que está acontecendo em Gaza, disse Salah Negm, diretor de jornalismo da Al Jazeera English, à jornalista Christina Macfarlane, no programa Connect the World, da CNN. “Nossos correspondentes morreram fazendo isso.”
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Negm declarou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia assegurado previamente a segurança dos jornalistas.
Ele prometeu protegê-los, disse. E foi assim que ele os protegeu: matando cinco deles.
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“Todo jornalista em Gaza está escrevendo seu próprio obituário”, acrescentou. “Porque, se você está em Gaza, não está seguro em lugar nenhum.”
Israel tem reiterado que está agindo em conformidade com o direito internacional e que sua guerra em Gaza, após os ataques mortais do Hamas em 7 de outubro de 2023, constitui uma ação de legítima defesa.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












