A Abin Paralela pode ter acompanhado o ‘Morais errado’ após a instalação do inquérito
A Polícia Federal informou que um agente de inteligência conduziu várias investigações no sistema First Mile, incluindo a relacionada ao nome do ministro do Supremo Tribunal Federal.

Diante de quase 1.800 alvos do grupo atualmente responsável por ter atuado em uma “Abin paralela” no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, os arapongas acabaram monitorando um homônimo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal aponta indícios de que o monitoramento ocorreria por engano dos investigados. O ex-presidente, que já responde por outro crime sem ter sido indiciado, teria sido o principal beneficiário do esquema. A defesa de Jair Bolsonaro não se manifestou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Conforme o relatório final do inquérito, divulgado nesta quarta-feira (18), o sistema First Mile foi empregado três vezes contra o cidadão Alexandre de Moraes Soares, residente em São Paulo, sem que houvesse qualquer justificativa apresentada.
O registro, por exemplo, relacionado à pesquisa de “ALEXANDRE DE MORAES SOARES” não apresenta justificativa, o que torna improvável que tenham sido realizadas três (três) pesquisas do denunciante do mesmo nome em 18/05/2019. O alvo da pesquisa ainda reside no Estado de São Paulo. O marco temporal da pesquisa é compatível com a instauração do Inquérito n.º 4781 em março de 2019 pelo então presidente do STF, Exmo. Ministro Dias Toffoli. Em 14/05/2019, houve a disponibilização para julgamento de recurso para suspender a apuração.
Leia também:

O governo federal estabelece unidade de inteligência na região amazônica

A Abin atuou de forma paralela e incorreta em relação a Alexandre de Moraes

Luiz Inácio Lula da Silva não participará do evento religioso pela terceira vez
O Inquérito 4.781, também conhecido como Inquérito das Fake News, foi instaurado para apurar notícias falsas e ataques contra a Corte e o Poder Judiciário. O responsável pela condução da investigação é Alexandre de Moraes. De acordo com a PF, um agente de inteligência conduziu diversas pesquisas no sistema First Mile, incluindo uma sobre o nome do ministro. “O servidor foi designado ao posto de Auxiliar de Adido na França, contudo não embarcou de volta da missão em 29/04/2024, abandonando o cargo público, não havendo informações sobre seu paradeiro naquele país”, informam os investigadores.
Com informações do Estadão Conteúdo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.