A Abin atuou de forma paralela e incorreta em relação a Alexandre de Moraes

Servidor da Polícia Federal monitorou equivocadamente homônimo do ministro, segundo inquérito.

18/06/2025 18:57

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A Abin atuou de forma paralela e incorreta em relação a Alexandre de Moraes
(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal (PF) constatou, em relatório divulgado nesta quarta-feira (16), que a “Abin paralela” utilizou a Agência Brasileira de Inteligência para monitoramento ilegal de autoridades e outros cidadãos, tendo como alvo um gerente geral chamado Alexandre de Moraes, com o propósito de espionar o ministro homônimo do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Moraes é o relator do caso no Supremo e foi quem habilitou a quebra do sigilo do relatório da investigação.

A Polícia Federal aponta que sistemas de consulta “ilegítimos” de monitoramento geravam associações incorretas, como a pesquisa por homônimos – indivíduos que possuem o mesmo nome.

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O registro, por exemplo, associado à pesquisa de “ALEXANDRE DE MORAES SOARES” não apresenta nenhuma justificativa, levando à implausibilidade de terem sido realizadas três (três) pesquisas do homônimo do Exmo. Ministro Relator no dia 18/05/2019. O homônimo alvo da pesquisa, ainda, reside no Estado de São Paulo, aponta o documento.

O diretor-geral Alexandre de Moraes Soares tem residência em São Paulo e atua em uma rede de lojas especializadas no mercado varejista doméstico.

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O agente de inteligência da Abin, Thiago Gomes Quinalia, realizou diversas pesquisas sem justificativa. Conforme reportado pela CNN, Quinalia foi desligado do serviço em dezembro do ano anterior devido ao abandono de cargo.

Conforme apurado pela PF, Quinalia pertencia ao quarto núcleo, denominado Núcleo-evento portaria 157. Eles eram responsáveis por conectar políticos e magistrados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Ruptura de sigilo e atores envolvidos principais.

O ministro Alexandre de Moraes removeu hoje o sigilo do inquérito da Abin Paralela.

A investigação da Abin Paralela revelou o emprego do sistema de inteligência First Mile, contratado pela agência, para o monitoramento de dispositivos móveis sem a necessidade de interferência ou ciência das operadoras de telefonia no país. Adicionalmente, não existia autorização judicial para tal uso.

A decisão do STF de remover o sigilo foi tomada após a identificação de vazamentos seletivos de partes do relatório policial, que geraram informações conflitantes na mídia.

A Polícia Federal aponta os seguintes nomes como principais envolvidos:

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.