7 mitos e verdades sobre o uso de Ozempic e Mounjaro

Nos últimos meses, o uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro para o emagrecimento tem crescido em popularidade nas redes sociais e em consultórios m…

12/08/2025 19:19

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7 mitos e verdades sobre o uso de Ozempic e Mounjaro
(Imagem de reprodução da internet).

Nos últimos meses, o uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro para perda de peso aumentou em popularidade nas redes sociais e em consultórios médicos. Originalmente desenvolvidos para o tratamento do diabetes tipo 2, os análogos de GLP-1 têm sido prescritos e, frequentemente, utilizados sem acompanhamento adequado, com ênfase no emagrecimento.

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Contudo, o fenômeno suscitou uma série de dúvidas acerca da segurança, eficácia e potenciais efeitos colaterais. “É importante ressaltar que não se trata de medicamentos estéticos. São tratamentos sérios, indicados principalmente para pessoas com obesidade e comorbidades associadas”. Declara Ramon Marcelino, médico endocrinologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) e membro do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês.

Diante do aumento da procura, surgiram também inúmeros mitos e informações incorretas. Seguirão-se as explicações do médico sobre os medicamentos, fundamentadas em evidências científicas recentes. Veja!

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O uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro pode levar à perda da visão.

O estudo inicial indicou uma associação entre o uso desses medicamentos e a Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior Não Arterítica (NAION), uma condição rara que pode levar à perda de visão. Contudo, pesquisas mais abrangentes não confirmaram essa ligação. “As principais sociedades médicas continuam reafirmando a segurança ocular desses fármacos. Não há motivo para alarme”, ressalta o especialista.

O uso prolongado de Ozempic e Mounjaro pode levar à dependência.

O termo “vício” se refere ao uso de uma substância com prejuízos psicossociais, desenvolvimento de tolerância e dependência, características que não são observadas com os análogos de GLP-1, como Ozempic e Mounjaro.

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A confusão frequentemente ocorre devido ao ganho de peso após a interrupção repentina da medicação. A obesidade é uma doença crônica e requer tratamento contínuo. Se o paciente não implementar mudanças sustentáveis no estilo de vida, é esperado que recupere o peso perdido ao interromper o medicamento, alerta Ramon Marcelino.

Os fármacos Ozempic e Mounjaro influenciam a fertilidade.

A perda de peso induzida por medicamentos pode otimizar a fertilidade em homens e mulheres. Em pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP), por exemplo, o Ozempic tem apresentado resultados positivos. “Observa-se uma melhora hormonal que acompanha o emagrecimento, o que pode elevar as chances de concepção”, afirma o endocrinologista.

Podem afetar a eficácia da anticoncepção.

A verdade é que, sobretudo o Mounjaro, pode diminuir a absorção de anticoncepcionais orais, prejudicando sua eficácia. “Assim, mulheres que utilizam Mounjaro devem preferir métodos alternativos, como DIU ou implantes hormonais, e combinar o uso de preservativos nas primeiras semanas de tratamento”, informa Ramon Marcelino.

Ozempic e Mounjaro elevam o risco de infarto.

O mito: ao contrário. Os análogos de GLP-1 demonstraram reduzir eventos cardiovasculares em pacientes com risco elevado. “Estudos clínicos demonstram que, além de auxiliar no controle do peso e da glicemia, protegem o coração, o que os tornam aliados importantes para pacientes com diabetes e obesidade”, afirma o endocrinologista Ramon Marcelino.

Alguns medicamentos para emagrecer podem levar à queda de cabelo.

A verdade é que não há evidência de que os medicamentos causem queda de cabelo diretamente. Contudo, a perda de peso muito rápida pode levar a um fenômeno conhecido como eflúvio telógeno, que se caracteriza pelo aumento da queda diária de fios de cabelo. “É uma condição temporária e reversível, que pode surgir de três a seis meses após o emagrecimento, mas não está ligada diretamente à substância”, esclarece o médico.

Acelera o envelhecimento.

A utilização desses medicamentos não causa envelhecimento precoce. Contudo, a flacidez cutânea pode ser um efeito estético secundário da perda rápida de peso, associada à diminuição do volume de gordura subcutânea e à possível perda de colágeno.

A melhora da aparência pode depender de fatores como idade, velocidade da perda de peso e nível de atividade física, conforme explica Ramon Marcelino.

É preciso ter atenção.

Apesar de serem um progresso no tratamento da obesidade, esses medicamentos podem apresentar riscos quando utilizados sem restrições. É essencial que o paciente receba acompanhamento médico para avaliar a indicação, os riscos e os benefícios. A automedicação ou o uso por motivos estéticos sem avaliação clínica é perigoso.

Ademais, Ramon Marcelino ressalta que novos medicamentos estão em desenvolvimento e deverão proporcionar ainda mais opções nos próximos anos. “A ciência está avançando, mas o pilar do tratamento segue o mesmo: mudanças sustentáveis no estilo de vida, com alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. O remédio ajuda, mas não substitui o seu esforço”, enfatiza o médico.

Por Samara Meni

Fonte por: Carta Capital

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