A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) é vista como justa pela maioria dos eleitores brasileiros. A avaliação foi obtida pela consultoria Quaest, em pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 25.
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De acordo com a pesquisa, 55% dos brasileiros entrevistados apoiam a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, referente ao ex-presidente. Trinta e nove por cento consideram a decisão injusta. Apenas 6% não souberam ou não quiseram responder.
Bolsonaro foi detido em 4 de agosto após infringir as medidas protetivas determinadas contra ele no curso do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. Na prisão domiciliar, ele está sob vigilância por meio de monitoramento eletrônico.
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A ordem contra o ex-capitão foi emitida após a participação em uma manifestação da extrema-direita na Avenida Paulista, em 3 de agosto. Na ocasião, Bolsonaro realizou uma chamada de vídeo com os líderes do protesto. Ele estava, contudo, impedido de usar redes sociais.
A cautela também foi descumprida, conforme a interpretação do STF, em relação a publicações com mensagens de Bolsonaro a apoiadores divulgadas em perfis de aliados. A PF, em seguida, também revelou uma série de mensagens de WhatsApp enviadas em massa pelo ex-presidente naquele período.
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Para a grande maioria dos entrevistados, Bolsonaro desrespeitou as determinações da Corte somente para “provocar Moraes”. A avaliação corresponde a 57% dos entrevistados. Trinta por cento acreditam que Bolsonaro não compreendeu as normas estabelecidas pelo ministro naquele momento. Apenas 13% não souberam ou não quiseram responder.
Bolsonaro integrou a ação para o levante golpista.
Outro dado da pesquisa publicada nesta segunda-feira indica que a maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro esteve envolvido na tentativa de golpe de Estado. São 52% os que manifestam essa opinião. Esse grupo representava 47% em dezembro de 2024.
Trinta e seis por cento dos entrevistados acreditam que Bolsonaro não se envolveu na trama golpista. Esse número era de trinta e quatro por cento em pesquisa da Quaest em dezembro do ano passado.
O Supremo Tribunal Federal analisará o caso em 2 de setembro, data em que começará o julgamento contra Bolsonaro e outros sete réus do chamado núcleo crucial da trama. Se condenado, o ex-capitão poderá receber uma pena de 40 anos de prisão.
A investigação.
A Quaest foi contratada pela Genial Investimentos e realizou uma pesquisa com 12.150 pessoas, entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, podendo variar.
Fonte por: Carta Capital