52% dos brasileiros demonstram apoio à contratação de técnico estrangeiro na seleção
Estudo realizado após os primeiros jogos com Ancelotti revela transformação significativa na visão em relação ao comando técnico da seleção brasileira.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada no domingo (22.jun.2025), é a primeira vez que a maioria dos brasileiros apoia a presença de um técnico estrangeiro no comando da seleção brasileira de futebol. Ao todo, 52% da população é favorável a um treinador de fora, enquanto 31% se opõem à ideia.
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A pesquisa foi realizada nos dias 10 e 11 de junho, após os primeiros jogos de Carlo Ancelotti como técnico da seleção. O italiano realizou sua estreia em 5 de junho, com um empate sem gols contra o Equador nas Eliminatórias. Na data do levantamento, o Brasil venceu o Paraguai por 1 a 0, assegurando a classificação para a Copa do Mundo de 2026.
A mudança na percepção em relação a técnicos estrangeiros começou a se desenhar após o desempenho da seleção na Copa do Qatar, em 2022. Nesse ano, após a eliminação nas quartas de final, o Datafolha registrou 41% de apoio a um técnico estrangeiro contra 48% de rejeição. Esses números já indicavam evolução em relação à pesquisa de julho de 2022, quando 30% eram favoráveis e 55% contrários.
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A Datafolha realizou entrevistas com 2.004 indivíduos em 136 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. No recorte por gênero, a margem é de 3 pontos, e no estrato por idade chega a 5 pontos.
Os homens apresentam maior concordância com a ideia, registrando 61% de aprovação, enquanto entre as mulheres o índice é de 42%. Os entrevistados responderam às perguntas cientes de que há um italiano como treinador, considerando que o nome de Carlo Ancelotti estava presente no questionário.
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Os dados mostram que jovens apresentam maior receptividade à presença de estrangeiros nos cargos de liderança técnica. Na faixa etária de 16 a 24 anos, 59% são favoráveis e 25% contrários. O mesmo percentual de apoio (59%) é observado na faixa de 25 a 44 anos, com 23% de rejeição. Apenas entre brasileiros com 60 anos ou mais se observa um equilíbrio técnico: 41% são favoráveis e 40% contra.
Do conjunto de entrevistados, 12% se mostraram indiferentes à nacionalidade do técnico e 5% não souberam responder. A pesquisa foi conduzida cerca de um mês após a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciar oficialmente a contratação de Ancelotti, em 12 de maio.
O estudo não revelou diferenças relevantes na opinião entre eleitores de distintos espectros políticos. Dentre aqueles que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, 51% manifestam apoio a um profissional estrangeiro e 33% se opõem. No grupo dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL), 52% expressam favorável avaliação e 31% são contrários.
A contratação de Ancelotti pôs fim a um período instável no futebol brasileiro. Após a saída de Tite após a Copa do Qatar, quatro técnicos distintos assumiram o cargo. Sob a gestão de Ramon Menezes e Fernando Diniz, a seleção brasileira registrou cinco derrotas, três vitórias e um empate, obtendo apenas 37% de aproveitamento. Com Dorival, sete vitórias, sete empates e duas derrotas em 16 jogos.
A CBF propôs a Ancelotti um contrato com salário mensal de cerca de R$ 5 milhões. O italiano é apenas o quarto estrangeiro a liderar a seleção brasileira, ao lado de Ramón Platero, Jorge Joffre e Filpo Núñez, que acumularam 7 jogos no comando do Brasil, com 5 vitórias, 1 empate e um resultado negativo.
A nomeação de Ancelotti representou o último ato de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF, antecedendo sua saída definitiva da presidência. No dia da apresentação do técnico, Samir Xaud já havia assumido a presidência da entidade.
O técnico italiano disputou apenas dois jogos, com um resultado positivo e um empate, assegurando a classificação para o Mundial de 2026.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.












