5 dicas para retomar o treino após uma lesão, afirma especialista

Para quem se exercita regularmente, uma lesão pode ser um problema grave. Além da dor e das dificuldades associadas, o processo de recuperação tende a ser demorado e impede o praticante de continuar com sua atividade preferida.

Retomar a prática de atividades físicas exige atenção e cuidados específicos para cada tipo de lesão. De acordo com Adilio Bernardes, ortopedista e especialista em medicina esportiva e regenerativa, as lesões mais frequentes entre atletas amadores e profissionais são as musculares, entorses, contusões e distensões.

Nos esportes de corrida, salto e mudanças rápidas de direção, como futebol, vôlei e basquete, são muito frequentes as lesões de joelho, incluindo entorses ligamentares, lesão de menisco e tendinites, afirma a CNN. Nas atividades de alto impacto ou contato físico, podem ocorrer fraturas e lesões nos ombros e tornozelos.

Leia também:

Receitas caseiras para aliviar a dor de garganta: observe 7 recomendações para aplicar em casa

Novo colírio para melhorar a visão de perto sem óculos é aprovado nos EUA

Pesquisadores identificam “fonte da juventude” do sistema imunológico; saiba mais

A dor persistente ou progressiva durante ou após a atividade física, o inchaço, o hematoma, a restrição de movimento, a fraqueza, a sensação de instabilidade e, em certos casos, estalos ou bloqueios nas articulações são os sinais e sintomas mais comuns de lesão.

Sempre que algum desses sintomas se tornarem persistentes, piorarem ao realizar os exercícios ou iniciarem durante a execução dos mesmos, é hora de parar imediatamente e buscar avaliação médica, alerta Bernardes. “A persistência pode transformar uma lesão simples em um problema mais sério e de recuperação mais longa.”

A recuperação de uma lesão pode variar conforme a gravidade e o tipo de dano. Em geral, segundo o especialista, inclui um plano de tratamento individualizado para o controle da dor e da inflamação, além de terapias regenerativas, reabilitação funcional (fisioterapia e fortalecimento muscular) e ajustes na carga de treino para o retorno gradual às atividades esportivas. Em casos mais graves, pode ser necessária intervenção cirúrgica, seguida de reabilitação.

Em seguida, o ortopedista apresenta cinco cuidados para retomar o treino após uma lesão.

Retorne ao treinamento nos momentos adequados, sob a supervisão de especialistas.

Antes de retornar ao treino, assegure-se de que é o momento adequado para retomar as atividades físicas. Para isso, siga as orientações de profissionais de saúde e do esporte para adaptar o treino às necessidades individuais.

O período de recuperação para retornar à prática esportiva varia conforme o tipo e a intensidade da lesão. Segundo Bernardes, lesões musculares leves (tais como estiramentos de grau I) podem possibilitar o retorno em poucas semanas, ao passo que lesões mais graves (como rupturas musculares de grau II e III) podem demandar vários meses.

Lesões ligamentares parciais possibilitam o retorno em aproximadamente 3 meses. Lesões ligamentares completas ou fraturas podem exigir cirurgia e demandar períodos prolongados, variando de 6 a 8 meses para o retorno esportivo mais intenso.

O tipo de atividade também influencia no tempo de retorno. Esportes de alto impacto com saltos, contato físico e mudanças de direção demandam maior tempo para recuperação, explica o ortopedista. Outros fatores como idade, condições pré-existentes e adesão ao tratamento também influem no tempo de recuperação.

Retorne as atividades progressivamente.

É importante observar o período adequado para o retorno às atividades, bem como adotar uma progressão gradual, considerando os limites do organismo e prevenindo o excesso de esforço inicial.

É fundamental manter o fortalecimento muscular, trabalhar a mobilidade e a propriocepção (equilíbrio), uso de equipamentos de proteção (artes e tensores) quando indicados e monitorar sinais de dor ou desconforto, orienta Bernardes.

Realizar o acompanhamento multiprofissional.

O retorno às atividades físicas deve ser realizado sob o acompanhamento multiprofissional, com médicos, fisioterapeutas e educadores físicos. Apenas eles podem orientar a carga, intensidade, volume e técnica de treino adequados para cada caso, considerando limitações e necessidades individuais.

Cuide do seu repouso e siga uma alimentação saudável.

Além do retorno gradual, é crucial considerar outros aspectos da saúde, como manter uma alimentação adequada, rica em nutrientes que auxiliam na recuperação e no fortalecimento do organismo. Igualmente, o repouso e o sono regulares, tanto entre as atividades quanto durante a noite, são essenciais para a total recuperação do corpo.

Invista em modalidades de menor impacto.

Mesmo que você seja um atleta de alto rendimento, modalidades de baixo impacto são essenciais para a recuperação inicial.

Bernardes aponta para a indicação de exercícios como pilates, hidroginástica, bicicleta ergométrica e caminhada nesse período.

É fundamental a transição para a musculação sob orientação para fortalecer músculos e estabilizar articulações, a partir de então iniciar atividades com maior impacto e demanda, explica. Essa progressão é muito importante, sendo que a escolha da atividade depende da lesão, do estágio de recuperação e dos objetivos do paciente.

Prevenção de novas lesões

Para prevenir novas lesões na prática esportiva, são necessários alguns cuidados adicionais. Entre as medidas importantes está o fortalecimento muscular, que pode ser realizado através do treinamento. Além disso, o treino de flexibilidade e equilíbrio também são importantes.

Bernardes ressalta, ainda, que o emprego da técnica adequada, a progressão gradual de intensidade e carga e o respeito pelas pausas para recuperação são cuidados essenciais, assim como a atenção aos sinais de dor, fadiga e a realização de avaliações médicas e funcionais regularmente.

Exercício físico ou estilo de vida? Como cada geração percebe a prática de atividades físicas.

Fonte por: CNN Brasil