Nos meses de inverno, as unhas também sofrem com as baixas temperaturas, juntamente com a pele e os cabelos. De acordo com o dermatologista Dr. José Roberto Fraga Filho, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e diretor clínico do Instituto Fraga de Dermatologia, fatores ambientais e comportamentais característicos da estação afetam diretamente a saúde das unhas.

Devido ao clima frio e seco, as unhas tendem a ressecar e descamar. Além disso, o uso frequente de álcool gel para prevenir doenças respiratórias agrava o ressecamento. Somado a isso, é comum haver uma mudança nos hábitos alimentares durante o inverno, com menor ingestão de frutas e verduras, o que pode levar a um déficit de vitaminas essenciais para a integridade das unhas.

Quais são os sinais que indicam deficiência nutricional?

A aparência das unhas pode indicar deficiências nutricionais ou até mesmo doenças sistêmicas. Segundo o Dr. José Roberto Fraga Filho, alguns sinais de alerta incluem:

Quais são as razões para as micoses serem mais frequentes no inverno?

Além da fragilidade, há maior incidência de micoses nas unhas durante o inverno. “O uso de calçados fechados e meias grossas, comuns nessa época, reduz a ventilação e aumenta a umidade local, criando um ambiente ideal para a proliferação de fungos”, destaca o dermatologista.

Diferenças entre unhas quebradiças e doentes

O especialista ressalta a importância de distinguir entre uma unha apenas fragilizada e uma unha doente. A unha quebradiça geralmente é uma reação temporária a mudanças ambientais ou na alimentação. Já a unha doente apresenta alterações persistentes de forma, cor, espessura ou odor, e não melhora espontaneamente.

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Como cuidar das unhas para que fiquem saudáveis no inverno?

Para preservar as unhas íntegras nesta temporada mais gelada, o Dr. José Roberto Fraga Filho sugere:

Riscos do uso de unhas em gel e unhas artificiais no inverno.

O inverno também pode aumentar o uso de unhas de gel e postiças, porém o especialista adverte sobre os perigos. “Esses tratamentos podem fragilizar a lâmina ungueal, possibilitar infecções bacterianas e fúngicas, além de causar reações alérgicas. É fundamental fazer intervalos entre as aplicações e manter uma rotina de hidratação intensa”, recomenda.

Por fim, o especialista reforça que qualquer alteração persistente nas unhas deve ser avaliada. “O dermatologista é o médico capacitado para diagnosticar e tratar alterações no segmento ungueal. Lesões crônicas, mudanças na forma, cor ou cheiro das unhas são motivos suficientes para procurar ajuda especializada”, finaliza o Dr. José Roberto Fraga Filho.

Gabriela Andrade

Fonte por: Carta Capital