A celebração do Dia Nacional da Saúde, em 5 de agosto, representa um chamado à reflexão sobre os cuidados com o bem-estar físico e mental da população brasileira. Nesse contexto, em que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) se destacam nas estatísticas de mortalidade, a importância da saúde primária se torna ainda mais evidente.
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Segundo o novo relatório “NCDs at a Glance 2025”, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o aumento das mortes por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) nas Américas desde o ano 2000 foi de 43%. Atualmente, diabetes, hipertensão, câncer e doenças respiratórias crônicas são responsáveis por 65% de todas as mortes na região, sendo que quase 40% ocorrem antes dos 70 anos, frequentemente de forma evitável com medidas simples de prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento médico regular.
Para o médico e empresário Antonio Carlos Júnior, fundador da Cia do Médico, rede de clínicas médicas que tem como foco um modelo acessível de atenção à saúde primária, o Dia Nacional da Saúde é um alerta. “Cuidar da saúde primária é o primeiro passo para prevenir doenças graves. Infelizmente, muita gente só procura atendimento quando o problema já está instalado. Precisamos mudar essa mentalidade e incentivar o cuidado contínuo e preventivo”, afirma.
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Estabeleça um acompanhamento médico regular com um clínico geral.
Conforme Antonio Carlos Júnior, o acompanhamento médico regular é um passo essencial para a prevenção de doenças e o cuidado contínuo com a saúde. “A base da saúde primária está no acompanhamento contínuo, mesmo na ausência de sintomas. Ter um médico de referência permite criar um histórico de saúde, identificar fatores de risco e agir preventivamente”, comenta.
Acompanhe os indicadores de saúde cruciais.
Além de manter uma rotina de consultas regulares, acompanhar indicadores básicos de saúde pode fazer toda a diferença na prevenção e no cuidado contínuo. “A atenção primária também envolve o controle de indicadores básicos como pressão arterial, glicemia, colesterol, IMC (Índice de Massa Corporal) e frequência cardíaca. Esses dados auxiliam na identificação de tendências e na prevenção de complicações como AVC (acidente vascular cerebral), infarto, insuficiência renal e outras doenças crônicas. Esse monitoramento pode ser realizado em consultas regulares e com o apoio de programas de saúde em clínicas acessíveis”, afirma o fundador da Cia do Médico.
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Invista na educação em saúde.
A atenção, além de combater doenças, desempenha um papel essencial na promoção do conhecimento e na autonomia do paciente. Compreender os sinais do próprio corpo e as recomendações médicas é fundamental. Programas de educação em saúde, como palestras, materiais informativos ou atendimentos individualizados, auxiliam o paciente a entender seus hábitos, reconhecer sintomas precoces e seguir os tratamentos adequadamente. A saúde primária não é apenas assistência, também é conhecimento e autonomia do paciente.
Adote hábitos saudáveis com o suporte de profissionais.
Alterações no estilo de vida são eficazes e duradouras, e se tornam ainda mais consistentes quando realizadas com o apoio de profissionais de saúde. “Parar de fumar, controlar o estresse, melhorar a alimentação ou iniciar exercícios físicos são mudanças que nem sempre ocorrem sozinhas. O suporte de profissionais da saúde primária, como nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, torna essas mudanças mais sustentáveis. O cuidado deve ser multiprofissional, contínuo e adaptado à realidade de cada pessoa”, finaliza Antonio Carlos Júnior.
Por Leonardo Lino
Fonte por: Carta Capital