10 coisas importantes para saber sobre a CPN 2025 em Belém

Analista examina atrasos em planos nacionais, financiamento climático, controvérsias locais e dificuldades de credibilidade internacional.

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Desde a primeira Conferência das Partes, realizada no Rio de Janeiro em 1992, o mundo tem buscado converter alertas climáticos em compromissos concretos. A COP30, prevista para novembro de 2025 em Belém, acontece em um cenário de expectativas e incertezas: até abril, apenas 30 dos 153 países haviam apresentado planos nacionais de descarbonização, e a presença de delegações estratégicas, como a dos Estados Unidos, ainda não estava confirmada.

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Para Katia Maia, especialista em sustentabilidade no setor financeiro, consultora do Banco Mundial Brasil e doutora em Ciências Ambientais, a COP será um teste da credibilidade do Brasil e da comunidade internacional. “A conferência deve traduzir compromissos históricos em ações concretas. Enchentes, incêndios e perdas econômicas já demonstram a urgência. A COP não pode ser apenas retórica; precisa transformar promessas em resultados”.

Planos de ação nacionais

Atrasos nos países em apresentar metas comprometem a credibilidade global. Apenas 30 nações entregaram seus planos até abril. Sem metas claras e mecanismos de execução, o objetivo de limitar o aquecimento a 2 °C precisa ser reavaliado. A COP só terá impacto real se intenções se transformarem em ações mensuráveis.

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Financiamento climático

O Acordo de Paris previa US$ 1 trilhão para financiar ações climáticas, porém somente US$ 300 bilhões foram efetivamente mobilizados. “Fundos como o Verde e o Tropical Forest Fund são importantes, mas necessitam de garantias e planejamento rigoroso. O desafio é assegurar que o dinheiro chegue àqueles que realmente precisam, sem se limitar a iniciativas de papel”, avaliou Katia.

Fundo para Perdas e Danos

Desenvolvido para lidar com eventos climáticos extremos, o fundo ainda se mostra insuficiente diante da magnitude dos impactos. “O caso do Rio Grande do Sul demonstra como situações de emergência demandam respostas rápidas. A COP deve progredir em mecanismos que acelerem o processo, sem excessiva burocracia, elevando a resiliência das comunidades vulneráveis.”

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O crescimento econômico e a sustentabilidade representam desafios interdependentes, exigindo uma análise cuidadosa de suas relações e consequências.

A consultora aponta que o conflito entre a expansão econômica e a preservação ambiental permanece como um ponto central. Países como a China ainda dão prioridade ao crescimento e ao poder geopolítico. As tecnologias de baixo carbono existem, porém, demandam investimentos elevados. A ausência de incentivos e políticas consistentes impede a efetiva implementação dos planos.

Polêmicas locais em Belém.

Obras de infraestrutura para receber delegações, como a Avenida da Liberdade e reformas de edifícios, suscitam críticas sobre prioridades. “É preciso assegurar que o desenvolvimento não ocorra à custa do meio ambiente e que a logística não limite a participação de países menores. A conferência só terá sucesso se conciliar ambição ambiental, inclusão e planejamento estratégico.”

Compromisso global.

A falta de delegações significativas e ações como a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris evidenciam vulnerabilidades. “A COP não pode se restringir a discursos e imagens. É o momento de converter declarações em medidas concretas, com acompanhamento rigoroso e responsabilidade compartilhada por governos, empresas e sociedade civil”, conclui Katia Maia.

Fonte por: Carta Capital

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